quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

1 de Dezembro de 1640

Num dia frio e chuvoso, um grupo de portugueses reuniu-se para acabar com a 3ª Dinastia, conhecida como a Dinastia Filipina, castelhana.

Juntos, passaram por uma rua, desceram-na e encontraram o Palácio da Ribeira. Aí estava a famosa Duquesa de Mântua e o seu fiel companheiro, Miguel de Vasconcelos.

Os portugueses tiveram de passar pelos guardas, combatendo-os.

Miguel de Vasconcelos notou que algo iria acontecer. Viu homens armados e escondeu-se num armário. A Duquesa de nada se apercebeu, nem foi avisada. O grupo de portugueses venceu os guardas e avançou pelos corredores, até que encontraram um armário onde ouviram um barulho. Abriram-no e encontraram Miguel de Vasconcelos. Um dos portugueses levou-o para uma sala e atirou-o pala janela fora.

Entretanto, os outros portugueses encontraram a Duquesa, algemaram-na e prenderam-na.

O povo português, quando soube disso, ficou contente. A Dinastia Filipina iria acabar. Havia um nobre, D. João, Duque de Bragança, que era o sucessor directo ao trono português. Ele veio num passeio a Lisboa e aclamaram-no rei de Portugal.

Os portugueses ganharam de novo a independência que haviam perdido. Nesse dia começou a 4ª Dinastia, a Dinastia de Bragança.

D. João, Duque de Bragança, passou a chamar-se D. João IV. Agora era rei. No dia a seguir houve o seu casamento com D. Luísa e o povo português foi todo convidado.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

«Mafra levou treze anos a fazer: A média dos operários empregados em cada dia na construção da obra monta a 20000. Para cortar a montanha que fica a sul do edifício davam-se, diariamente, 1000 tiros e gastavam-se 4000 quilos de pólvora. O edifício tem 45000 portas e janelas, 880 salas, 2 torres de 68 metros de altura e 144 sinos, 1 zimbório e 2 torreões tão vastos que no andar de qualquer deles se aloja a família real quando vai caçar a Mafra. As cozinhas compõem-se de sete grandes casas, a das hortaliças, a dos peixes, a da pastelaria, etc. Na cozinha grande, forrada de azulejos, cercada de torneiras de bronze, há duas enormes chaminés destinadas a mover os caldeirões em cada um dos quais e podia cozer um boi.»

Ramalho Ortigão.


Sabem quem foi?

«D. João V […] tem boa figura, rosto comprido e é moreno como a maioria dos Portugueses. Usa grande cabeleira negra, empoada, e veste habitualmente com grande magnificência. Tive ensejo de o ver […] na capela real. Nessa ocasião cobria-lhe as vestes um longo manto de seda preta semeada de estrelas bordadas a ouro […]. Ama excessivamente a magnificência e a ostentação. Presentemente está a construir, numa alta e árida montanha chamada Mafra, um
palácio, uma igreja e um convento que custarão quantias fabulosas […]. Todos os anos chegam de Paris e doutras cidades as fotos mais ricas que ali se fazem […]. De trajes tem uma tão grande quantidade que não poderia usá-los todos, embora não vista cada um deles mais de três vezes. Em Londres vi uma peça de sua encomenda que bem revela o seu gosto pela magnificência. Era uma banheira de prata maciça dourada por dentro.»
                                                                                                In Lettres de Lisbonne, de César Saussure.


«Até para enobrecer as artes liberais, assistiu El-Rei às manufacturas de algumas. Mandou ir ao paço a nobre arte de impressão, fazendo na sua real presença compor os caracteres imprimir; e como conhecia que esta arte é instrumento das ciências, porque ao seu benefício se deve a conservação dos escritos, procurou muito que se adiantasse a sua perfeição. Sabendo pelo seu ministro, que residia em Paris, que naquela corte se tinha inventado um novo modo de imprimir, por cujos meios se prometiam muitas utilidades, de que se fazia autor Mons. Vermillon, mandou El-Rei, em 6 de Outubro de 1734, ao mesmo seu ministro, que feita a precisa averiguação, sobre serem elas verdadeiras, se comprasse o referido segredo, o que se não efectuou, porque não devia corresponder a conveniência da ideia ao encarecimento do invento. Viu também o modo como se fabrica a moeda, assistindo ao ensaio e cunho, e com a sua singular viveza fez todas as reflexões que só podiam caber na perícia dos mais destros operários.»

     In Elogio Fúnebre e Histórico, de Francisco Xavier da Silva.




 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010